Foi lá que as especulações começaram, lendo a fita da máquina que registrava e imprimia todas as negociações que ocorriam no pregão Viva Voz.

Talvez os mais jovens não se lembram mas antes das implementações eletrônicas, os pregões eram presenciais, chamados de “viva voz”, sim, aquele que tinha toda a gritaria. Mas o que poucos sabem, é que
os primeiros especuladores
do mercado financeiro tomavam suas decisões de compra ou de venda simplesmente lendo a fita. Ela era impressa por uma máquina que registrava e imprimia todos os negócios casados no pregão. Era ali que eles tinham acesso aos detalhamentos das montagens de posições dos “Big Players”, os verdadeiros movimentadores de preço no mercado. Uma outra maneira de leitura que validava essa técnica era a leitura labial e facial das expressões dos operadores, os players de giro (traders) identificavam blefes, possíveis sinais de euforia e medo, em fim, as verdadeiras intenções dos operadores.

Ok, mas o que isso tem haver com o pregão eletrônico de hoje? Simples, a dinâmica da leitura é a mesma, só mudaram os meios. Nós operadores de fluxo (tape reading) fazemos a mesma coisa, porém utilizando as ferramentas de hoje. Lá eles tinham a fita, aqui nós temos os “times and trades” que da mesma forma, registra e mostra todos os negócios ocorridos. Lá eles liam expressões, aqui nós temos o “book de ofertas” que nos mostra quais as verdadeiras intenções de compra e de venda do mercado. Pode até parecer complexo, mas com treino e repetição, essa leitura vira rotina!